Thursday, June 22, 2006

e assim os dias vão passando

O grande problema da distância é que ela causa insegurança.

Dia 1: Checa e-mail. Nada. Tudo bem. Espera. Checa de novo. Nenhuma mensagem nova. Ok, orkut. Scrap da amiga, do primo e um vírus da nova moda. Em suma: nada. De novo. Quem sabe seja hora de dormir..
Dia 2: Email. 3 mensagens novas. Felicidade. 3 spams. Infelicidade. Paciência. E se.. E se.. Esquece.
Dia 3: Orkut-Skype-Fotolog-Email-Orkut-Fotolog-Email-Skype-Email. E se ele tiver me esquecido? Ansiedade.
Dia 4: Desiste de checar o email. Pára com isso, uma hora chega, você sabe. Mas, já são 7 e meia da noite. Já não é tarde demais para esperar alguma coisa? Tristeza. Tanta que nem dá pra escutar direito o telefone tocando. Essa droga desse telefone que só toca nas horas erradas! Enfia a cara no travesseiro.

- Eeeeeeeei!
- Que é?
- É ele no telefone!

Ela corre pelo corredor e derruba a cadeira na passagem.

- Alô?
- Oi..

Foi como um banho de água morna quando se está morrendo de frio. E mesmo depois de falar, de rir e de desligar o telefone, ainda resta aquele aperto leve no peito (como quando a gente se apaixona pela primeira vez e cada sorriso, cada palavra e cada telefonema tem um significado único e especial).

No fim, a distância também faz com que a gente dê mais valor a essas pequenas coisas que, no corre-corre do vida, passam quase sempre despercebidas. E quanto a saudade... Bem, já diria o cantor: saudade é melhor do que caminhar vazio.

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